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quinta-feira, 31 de maio de 2007

Um poema sobre nada...




Às vezes a imaginação caminha na neblina
Descalça, tacteia o chão
Tropeça nos degraus do esquecimento
Cautelosamente aprecia o anonimato
Divorcia-se de todas as referências
Aspira a uma sublimação minimalista
Perde-se na vastidão do silêncio
Apenas encontra cinzenta abstracção
Excita-se na presença da monotonia
Grita por um tédio mundano
Os olhos bebem a escuridão
Testemunha a nudez das palavras
Sorri para folhas em branco
Festeja o vazio das pampas
Dança na invisível turbulência do ar
Anseia pelo vácuo sideral
Desfruta do supremo prazer do nada
Diamante Negro
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domingo, 27 de maio de 2007

Procurei-me




Não sei onde me procurar...
Não me encontro... procuro-me
Onde estou eu?
No céu,na Lua ou no Mundo?
Estou perdida, sem caminho
para voltar...
Alma tão bela, que não me encorajas a seguir,
Dá-me algum sinal.
Quero voltar á terra e ter
Alma no coração.
Quero ser presente.Quero ser passado.
Quero ser futuro.
Mas...não sei onde está o presente.
O passado morreu.E o futuro?
Está viajando nas veias do
Pensamento.
Sonhar é uma ilusão... mas alimenta.
Entristece...angustia... mas
Alimenta-nos.
A vida é tão curta...
Nunca digas adeus
Aos sonhos que te surgem
No pensamento.
Pensamento?!Mas... afinal
Onde se alojou o sonho?
no pensamento ou no coração?
Não encontro explicação...
Contudo, há solução!
Para quê me encontrar,
Se viver não tem sentido?
Para quê viver,
Se não há mais nada para encontrar?
Como posso encontrar os outros
Se nem eu própria me encontro?
Procurei-me em todo lado,
Procurei-me em todos,
Mas só me encontrei em mim mesma!
Viver a vida sem alguém do lado
É como uma fogueira sem lenha.
Perdemos o senso de viver.
Perdemos o sentido de viver,
Pois não há maneira de acalmar o coração.
Viver na terra só com o corpo
Não tem qualquer sentido.
Por isso alma...vai-te encontrando,
Porque a vida passa
E eu não quero perdê-la!
Diamante Negro

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quarta-feira, 23 de maio de 2007

Sentidos


Meus dedos
lentos
percorrendo
a medo
teu corpo
aberto
oferto.
Meus dedos
surpresos
soltando
o calor
o cheiro
de teu corpo
descoberto.
Meus dedos
olhos
trazendo imagens
mensagens
ao meu corpo
trémulo.
Esqueci
teu nome
teu rosto
o quando
e o porquê
Só existes
em meus dedos
Eugénia Tabosa